A Quinta do Mendes é entre o Marco e Felgueiras, e foi para lá que fomos no dia dezoito de Setembro de dois mil e dois. Após o pequeno-almoço, e à porta da sede como sempre, juntamo-nos todos acordados pelos foguetes lançados pelo “Sócio”. Pois claro foguetes, porque o dia era de festa. Após a foto da praxe junto da camioneta lá partimos, foi uma viagem directa pois não queríamos chegar tarde. Já em viagem falava-se que desta vez o jogo era em campo relvado. Chegados à “Quinta do Mendes”, ficamos impressionados com o que víamos à nossa frente tamanha era a grandeza da quinta a que não faltava um grande lago atravessado por duas pontes e um bom relvado de futebol. Mas mais surpreendidos ficamos quando conhecemos o dono de tal património, um indivíduo a todos os títulos banal. Depois de uma rápida visita a tudo que nos envolvia, equipamo-nos e toca a jogar à bola. Foi divertido porque começou a chover e as escorregadelas castigavam a vontade dos mais ferrenhos. No fim fomos para o banho com chuveiros ao ar livre e as cozinheiras ao longe lá espreitavam, pois homens nus a tomar banho à chuva não era normal naquelas paragens. Fomos para o almoço e já adivinhava-se que algo não estava bem, o próprio dono a assar bacalhau hum! Ficamos desconfiados, os petiscos eram poucos, o bacalhau era só barbatanas e pouco! “Chanfana de Cabrito”, só de nome, enfim uma desilusão. Só pedia que o dia passasse depressa, e assim percebi que aquela grande quinta pertencia a alguém que teria subido na vida não à custa de bem servir os outros, mas sim servindo-se da honestidade das pessoas que têm carácter, coisa que o nosso anfitrião não mostrou. Afinal não admira, pois a quinta já se encontrava na terra dos caciques, ou seja, Felgueiras. Após o almoço, lembranças para todos e atribuição ao José Sousa de uma placa em nome do grupo. A parte da tarde foi preenchida a jogar a malha entre as videiras, enquanto outros iam bebendo uns finos sem terem ideia que estavam a ser contabilizados na conta final.Já na camioneta de regresso o presidente, acusando a pressão do acontecido participou aos restantes que a despesa tinha ultrapassado os activos do grupo, pois tínhamos sido roubados. Choveram logo protestos do Teles, dizendo que ali não era local para contas. Gerou-se a confusão mas no fim todos foram compreensivos, e o presidente teve um voto de confiança de todos, afinal isto é o grupo “Sol e Chuva”!.Chegados à sede logo tratamos de comer, para fome já tinha chegado o gatuno do “Mendes”, e na hora de lançar os foguetes pedi ao "Sócio" para que os dirigisse para Recezinhos em direcção ao rabo do “Mendes”!
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