Acordo às sete e trinta, depois de uma noite mal dormida visto ter-me deitado às três desse mesmo dia com as vozes do pessoal a fazer-se ouvir à porta da sede, habitual local de encontro para a partida, e para matar o bicho. Todos reunidos, e «ala moleiro» que o Caramulo espera por nós. Feitos à estrada numa camioneta que já devia estar reformada por invalidez, faz-se uma ante visão do jogo que iríamos realizar no ringue dos Bombeiros Voluntários do Caramulo, organizado por um amigo do Sousa. Neste passeio lamentou-se a ausência justificada do Macário.Chegados ao local fizemos o reconhecimento do terreno onde se poderia jogar a malha, as nuvens ameaçavam chuva, e o “Paulela”, lamentou-se de não poder jogar, pois na semana anterior tinha torcido o pé. O jogo realizado entre nós correu bem, notando-se a falta de condição física em alguns elementos, nomeadamente do Chico da Leta. Longe de imaginarmos, que este seria o ultimo jogo em que participaria o nosso saudoso amigo José Capelas um entusiasta do grupo. Depois do jogo confraternizamos um pouco com os bombeiros e toca a ir almoçar que a mesa já estava posta. Chegados à “Téxa”, local onde estava marcado o almoço, deparamos com uma casa em pedra e sala na cave, cujas paredes eram alvéolos forrados com garrafas de vinho tinto “que pinga! Após um “Bacalhau no Forno”, seguiu-se a “Chanfana de Cabrito” que estava uma delicia! Procedeu-se depois à respectiva entrega de lembranças a todos, tendo o António Ferreira sido contemplado com uma placa. E aqui começa a trovoada com um aguaceiro intenso, afinal não vai haver malha, nem nada! Apenas vinho e mais vinho! A frase mais escutada era, «aonde está o saca rolhas». Pouco tempo depois com os pés molhados, chorava o Teles, chorava o presidente em cima de uma cadeira impedido de discursar, o Ilídio só dizia e repetia “foda-se ” riam-se uns, cantavam outros, discutia-se por tudo e por nada, uns ainda foram jogar sueca, e outros matraquilhos. Assim se passou a tarde debaixo de uma chuva de vinho. Ao preparar o regresso já de noite o Chico quase que caiu pelas escadas abaixo, o Durães parte os óculos, e já em viagem sai o vidro da camioneta. Trocamos de camioneta em Oliveira de Azeméis, o Ramiro, buzina e a G.N.R. aparece, o presidente vomita, e a viagem continua. Chegados a Vilar esperava-nos uma mesa de iguarias bem apresentadas e mais bebida, o presidente canta à desgarrada com o Abel, foi bonito! E assim ao fim de um dia muito complicado, porque o tempo não ajudou, ainda tivemos energia para nos despedir uns dos outros, cantando a famosa canção celebrizada pelo Abel. “Ó Laurindinha venha à janela”
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